O CAMINHO DAS TROPAS
Sul refaz a trilha dos tropeiros
Cavaleiros desbravaram a região ao buscar rebanhos do Prata no século 18. Fundaram cidades em seu histórico percurso, reconstituído nesta reportagem de Zero Hora, do Pioneiro e do Diário Catarinense
CARLOS WAGNER
Zero Hora/Mostardas
Cavaleiros desbravaram a região ao buscar rebanhos do Prata no século 18. Fundaram cidades em seu histórico percurso, reconstituído nesta reportagem de Zero Hora, do Pioneiro e do Diário Catarinense
CARLOS WAGNER
Zero Hora/Mostardas
- O pampa mal dispunha de um nome. A povoação de colonos no território gaúcho tinha começado poucas décadas antes, precisamente em 1684, a partir de uma comunidade fundada no litoral catarinense. A vastidão verde ao sul do Rio Mampituba recém se integrava ao Brasil. Em meio à adversidade, um personagem histórico despontou no início do século 18 e ajudou a converter essa terra hostil em Rio Grande do Sul: o tropeiro. Para carregar cavalos e mulas do Prata até São Paulo e Minas Gerais, ele desafiou o clima traiçoeiro e a precariedade da região. Cunhou uma trilha, o chamado Caminho das Tropas, deixando como rastro a fundação de cidades. Quase três séculos depois, iniciativas tímidas mas esperançosas tentam reconstituir o roteiro pioneiro e explorá-lo turisticamente. Em Lages (SC), o Sindicato Rural e a prefeitura ambicionam transformar em rota turística, histórica e ecológica o conjunto de estradas utilizadas por tropeiros. Projetos como esse valorizam uma fatia da História hoje guardada por escassos herdeiros, como Antônio Feliciano Barbosa, 75 anos, o Dodó, de Mostardas, no litoral sul gaúcho.
